Poetas - Florbela Espanca
Na efeméride do nascimento (1894) e da morte (1930) desta grande poetisa portuguesa
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
Florbela Espanca (n. em Vila Viçosa, 8 Dez 1894; m. Matosinhos, 8 Dez 1930)
Ler neste blog, da mesma autora: Ser poeta é... , Amar!
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