Portugal vence ... mas não convence
Luxemburgo 0 - 3 Portugal
Figo e Simão fizeram os golos só na segunda parte
Os jogos de preparação servem para preparar. Por isso não podemos ser (já) muito exigentes. A verdade, porém, é que parece que Portugal não aprendeu com o jogo de Cabo Verde e cometeu erros recorrentes
Na primeira parte deste jogo o guarda-redes do Luxemburgo foi um espectador. A maior (única?) oportunidade do primeiro tempo pertenceu ao Luxemburgo quando um jogador à entrada da área ! fez de cabeça um chapéu a Ricardo (adiantado) com a bola a bater na barra!
Vejamos os erros recorrentes:
i ) Portugal não pressionou e até o Luxemburgo (tal como acontecera com Cabo Verde) chegou com perigo à baliza de Portugal
ii) Tal como com Cabo Verde Cristiano Ronaldo reagiu mal a uma falta de um adversário e se há uma semana pregou um pontapé, hoje foi ao pescoço doi adversário numa atitude que só pode valer cartão vermelho! Afinal as desculpas constantes de Cristiano Ronaldo começam a parecer ridículas. Ponham o homem em ordem ou estamos a ver Portugal a jogar com dez como sucedeu no ultimo Mundial
iii) Também a constituição do onze inicial (praticamente igual ao jogo de Cabo Verde) não convence. Pauleta sozinho na área sem um segundo avançado a entrar de trás para a frente na área deu em 1 remate à baliza e alguns (poucos) ao lado
No início da segunda parte tivemos logo Postiga (em vez de Pauleta), Petit (em vez de Costinha) e Simão (em vez de Deco). Em menos de um minuto Portugal marcou com decisiva influencia de dois dos très jogadores recém-entrados: remate à entrada da área forte de Hélder Postiga com o guarda-redes a fazer uma defesa difícil mas incompleta e Simão Sabrosa a aparecer bem posicionado para marcar de cabeça na recarga.
Finalmente Portugal jogava, rematava e criava oportunidades perante um Luxemburgo que só queria fazer passar o tempo, havendo períodos em que o anti-jogo foi patente. Jogadores no chão, os livres a demorarem uma eternidade a ser marcados, etc.
O 0-2 esteve iminente em várias ocasiões em que a falta de discernimento na conclusão (Cristiano Ronaldo acerta com a bola no único defesa que podia evitar o golo) ou a sorte e capacidade do guarda-redes do Luxemburgo (grande defesa a remate de longe de Maniche) ia adiando.
Figo começa-se a destacar na entrada na área pela meia-esquerda e numa dessas incursões, já após terem ocorrido mais três substituições em Portugal (Ricardo Costa no lugar de F. Meira, Tiago em vez de Maniche e Hugo Viana em vez de Cristiano Ronaldo), adianta a bola (que nunca mais poderia alcançar) mas um adversário entra nas pernas e derruba-o. Penalty indiscutível (mas escusado) que Simão converteu no 2º. golo português aos 73'. Aos 84' numa jogada com semelhanças Figo desta vez leva o lance até final e concretiza o 0-3.
Em suma má primeira parte e razoável-boa segunda parte de Portugal, mas não esqueçamos que há uma semana este Luxemburgo apanhou sete da Alemanha!
O árbitro (que teve a curiosidade de ter como um dos assistentes uma mulher) foi suficientemente permissivo para não expulsar ninguém e condescendeu também demasiado na perda de tempo (não compensada nos descontos
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