Taça de Portugal - Benfica ganha nos penalties

Benfica 0 - 0 Nacional

(5-3 nos penalties)

Hilário oferece... Simão recusa e depois foi sofrer até ao fim

Benfica com Quim, sem Nelson por opção e sem Petit castigado. Nacional com Hilário e sem Goulart castigado. O jogo decorreu da forma como se esperava. Nacional bem organizado na defesa a espreitar uma falha do adversário e o Benfica com domínio mas com dificuldades de concretização.

No entanto, Hilário oferece um penalty. A bola foi atrasada para o guarda-redes não despachou a bola, Geovanni interpôs-se e Hilário derrubou-o. Simão Sabrosa rejeitou a oferta (com medo de ter que pagar imposto de selo?) ao atirar à barra.

Na parte inicial do 2º. tempo de jogo (aos 47') o treinador do Nacional faz entrar André Pinto - o melhor goleador da equipa e um dos melhores do campeonato - parecendo assim ter uma intenção mais ofensiva mas aos 52' o Benfica esteve de novo pertop de marcar. Defesa incompleta de Ricardoi que larga a bola para Luisão de cabeça recarregar por cima da barra! Foi a segunda oferta de Hilário e a segunda recusa do Benfica. Entra Emerson sai Cléber aos 58' e no Benfica entra Marcel para o lugar de Manduca aos 61'. Por volta desta hora de jogo o Nacional equilibra a partida e surge a repartir o campo de jogo. As substituições operadas a que há que acrescer a de Geovanni por Laurent Robert (aos 70') favoreceram mais o Nacional do que o Benfica. Mas tal equilibrio ou maior propensão ofensiva do Nacional durou pouco. A saída do recém-entrado André Pinto (cremos que por lesão) fez com que passados alguns minutos tudo passasse à primeira forma ainda que o Benfica não revelasse profundidade atacante. Já com Karagounis em jogo e um futebol mais cuto, às vezes mastigado, dada a pressão dos homens da Madeira, o prolongamento era inevitável.

Aqui a pressão do Benfica foi-se acentuando com Karagounis a pautar o jogo (não percebemos porque Koeman não o põe a jogar mais frequentemente) e a rematar para uma grande defesa de Hilário e a prestar duas assistências para Marcel com outras duas defesas de Hilário uma delas quase milagrosa ao desviar com as pernas o remate cruzado da esquerda do avançado encarnado de quem esperávamos mais face à expectactivas geradas aquando da sua contratação.

O jogo foi para os penalties com alegria quase esfusiante do banco do Nacional, que acabou por merecer perder nos penalties. É certo que na parte final o Nacional jogava praticamente com dez jogadores dadas as dificuldades físicas de Ricardo Fernandes, mas numa partida de 120 minutos ter cerca de 20 em que o ataque também é opção e passar o resto do tempo a defender, não merece outro desfecho.

Nos penalties e por esta ordem Laurent Robert, Bruno, Luisão, Alonso, Karagounis, Juliano e Marcel (este com Ricardo ainda a tiocar na bola) marcaram e Patacas falhou. A seguir Simão não falhou e deu a qualifição aos encarnados.

A arbitragem num jogo sem grandes problemas teve algumas falhas, mas sem casos de maior.

Estádio da Luz: Árbitro: João Ferreira

BENFICA - Quim; Alcides, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Beto e Manuel Fernandes; Manduca (Marcel aos 61'), Geovanni (Laurent Robert aos 70') e Simão; Nuno Gomes (Karagounis aos 80').

NACIONAL - Hilário; Alonso, Cléber (Émerson Nunes aos 58'), Ávalos e Ricardo Fernandes e Patacas; Juliano, Bruno, Chainho e Miguelito; Nuno Viveiros (aos 47' André Pinto)[Emerson aos 65'] .

17' Cartão amarelo para Ricardo Rocha (Benfica).
37' Cartão amarelo para Hilário (Nacional).
39' Cartão amarelo para Cléber (Nacional
45' Cartão amarelo para Miguelito (Nacional).
79' Cartão amarelo para Patacas (Nacional), por falta sobre Manuel Fernandes.