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2005-12-21

Há 200 anos que morreu Bocage

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Manuel Maria Ledoux de Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal a 15 de Setembro de 1765 e faleceu, vítima de aneurisma, em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1805. Temperamento impulsivo e frenético, talento improvisador, a sua vida apresenta, como ele próprio, humildemente, o reconheceu, um singular paralelismo com a de Camões. Neto materno de um marinheiro francês, assentou praça em 1781 e dois anos depois passou a servir na Marinha, tendo embarcado para Goa em 1786. Irrequieto e aventureiro, foge para Macau, donde regressou a Lisboa em Agosto de 1790. Aqui entregou-se a uma vida de boémia. Em 1797, Bocage foi preso por, na sequência de uma rusga policial, lhe terem sido detectados panfletos apologistas da revolução francesa e um poema erótico e político, intitulado "Pavorosa Ilusão da Eternidade", também conhecido por "Epístola a Marília" tendo sido encarcerado na prisão do Limoeiro (10 de Agosto de 1797) e depois passou por hospícios.

O "Elmano Sadino" nome pelo qual era conhecido na Nova Arcádia, viveu os últimos anos como tradutor, na companhia de uma irmã. Morreu a 21 de Dezembro de 1905, na Travessa de André Valente em Lisboa e foi sepultado na Igreja das Mercês.

São da sua autoria alguns dos mais belos sonetos da Língua Portuguesa. A solidão, o sofrimento, o amor-ciúme, o belo-horrível, a morte, são alguns dos temas que trata, de acordo com o próprio infortúnio da sua vida.


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