Soneto - Natividade Saldanha
Os teus olhos gentis, encantadores,
Tua loira madeixa delicada,
Tua boca por Vênus invejada,
Onde habitam mil cândidos amores:
Os teus braços, prisões dos amadores,
Os teus globos de neve congelada,
Serão tornados breve a cinza!... a nada!...
Aos teus amantes causarão horrores!...
Céus! e hei-de eu amar uma beleza,
Que à cinza reduzida brevemente
Há-de servir de horror à Natureza!...
Ah! Mandai-me uma luz resplandecente,
Que minha alma ilumine, e com pureza
Só ame um Deus, que vive eternamente.
José da Natividade Saldanha (n. em Santo Amaro de Jaboatão, (PE), Brasil 8 Set 1795; m. em Bogotá (Colombia) 30 Mar 1830)
in Poemas oferecidos aos amantes do Brasil 1922
1 comments:
Unknown
disse...
Lindo poema, caro amigo!
Hoje vim para ver as novidades e saber como estás!
Vim também para trazer-te flores, sorrisos e muitos beijinhos
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