SONETO CASTELHANO DE CAMÕES - Carlos de Oliveira
Onde estão esses olhos que arrastada
A alma me levavam e prendiam?
Onde estão essas faces que venciam
As pétalas da rosa mais rosada?
Onde está essa boca constelada
De dentes que só neve pareciam?
Os cabelos que o oiro escureciam
Onde estão? E a mão tão delicada?
Ó toda linda, onde estarás agora
Que te não posso ver e o meu desejo
De ver-te me dá morte a cada hora?
Que devaneio o meu, bem entrevejo
Que é na minh'alma que tu estás, senhora,
E pergunto: onde estás que não te vejo?
Carlos (Alberto Serra) de Oliveira (n. 10 Ago 1921 em Belém do Pará, Brasil; m. 01 Jul 1981 em Lisboa)
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