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2012-03-19

Silêncios - Cruz e Sousa

Largos Silêncios interpretativos,
Adoçados por funda nostalgia,
Balada de consolo e simpatia
Que os sentimentos meus torna cativos.

Harmonia de doces lenitivos,
Sombra, segredo, lágrima, harmonia
Da alma serena, da alma fugidia
Nos seus vagos espasmos sugestivos.

Ó Silêncios! ó cândidos desmaios,
Vácuos fecundos de celestes raios
De sonhos, no mais límpido cortejo...

Eu vos sinto os mistérios insondáveis,
Como de estranhos anjos inefáveis
O glorioso esplendor de um grande beijo!

João da Cruz e Sousa (n. em Nossa Senhora do Desterro, actual Florianópolis, Santa Catarina em 24 de novembro de 1861 — m. Estação do Sítio, Minas Gerais a 19 de março de 1898).

Ler do mesmo autor:
Ironia de Lágrimas
O Assinalado
Inefável
Vida Obscura
Sorriso Interior
Monja


1 comments:








Lúcia Laborda

disse...

Lindo soneto, meu amigo querido!
Existem silêncios que falam mais que muitas palavras...
Boa semana! Beijos