Venho de dentro, abriu-se a porta... - Luiza Neto Jorge
Venho de dentro, abriu-se a porta:
nem todas as horas do dia e da noite
me darão para olhar de nascente
a poente e pelo meio as ilhas.
Há um jogo de relâmpagos sobre o mundo
de só imaginá-la a luz fulmina-me,
na outra face ainda é sombra
Banhos de sol
nas primeiras areias da manhã
Mansidões na pele e do labirinto só
a convulsa circunvolução do corpo.
in A Lume Poesia
organização e prefácio de Fernando Cabral Martins, Assírio & Alvim, 2ª edição, 2001
Maria Luiza Neto Jorge (n. em Lisboa a 10 Mai 1939; m. em Lisboa a 23 Fev 1989)
Ler da mesma autora, neste blog:
Poemas para a noite invariável - IV
Anos Quarenta, os Meus
Nas Cidades do Sul
Baixo-Relevo
Desinferno II
Minibiografia
As casas vieram de noite
O poema ensina a cair
A Magnólia
Ritual
Acordar na Rua do Mundo
 


![Validate my Atom 1.0 feed [Valid Atom 1.0]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixA6pLRJqUA5uCd8sPXDDP7QxjQkPOk7PBO4HCTh36mFnxdQ74-sZ_XMCFDZwG93UFGHxKxztBp8W7XXB4TuF02boT9tQtWcPt8-W26llV-vye5sZhzXq6EsMVAc7Fc_hmbs769Q/s400/valid-atom.png)
 
 






0 comments:
Enviar um comentário