INTERMÉDIO - Luís Amaro
Alguém que se ignora
Passeia a sua mágoa
Lá pela noite fora.
Já sem saber se existe,
Entre silêncio e treva,
Nem alegre nem triste,
Alguém que a própria sorte
Enjeita, vai absorto
Num sonho que é a morte
E é vida — sendo morto.
(in Antologia de Poetas Alentejanos)
De Luís Amaro é também exte excerto:
Quando vier a tristeza,
Faz que ela tenha uma grandeza.
Quando vier a rara alegria,
Faz que ela seja pura
como a luz do dia.
Francisco Luís Amaro nasceu em Aljustrel em 5 de maio de 1923 e faleceu em Lisboa a 24 de agosto de 2018
0 comments:
Enviar um comentário