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2016-05-27

Na passagem do 53º aniversário do desaparecimento de Aquilino Ribeiro

Aquilino Gomes Ribeiro, ficcionista, autor dramático, cronista e ensaísta, nasceu em Sernancelhe, na Beira Alta, a 13 de setembro de 1885. É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Inicia a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois em 1913 com os contos Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918. Mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.

De entre os numerosos títulos que Aquilino publicou, merecem especial destaque Terras do Demo (1919), O Malhadinhas (primeira versão em 1922), Andam Faunos pelos Bosques (1926), O Romance da Raposa (1929), Cinco Réis de Gente (1948), A Casa Grande de Romarigães (1957) e Quando os Lobos Uivam (1959).

Faleceu em Lisboa, a 27 de maio de 1963. Passados 44 anos da sua morte, em Setembro de 2007, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

"Alcança quem não cansa", diz o ex-libris de Aquilino Ribeiro.

Dele escreveu Fernando Namora (in Diário de Lisboa, de 7 de março de 1963):

Qual então o segredo de Aquilino, um escritor já emoldurado na galeria da história literária, ao lado dos três maiores, e ao mesmo tempo, ainda a bater-se nas frentes mais aguerridas, tão indócil e imprevisto e bravo como os que o são? O talento e a vitalidade decerto não bastam. Nem o húmus quente, fecundo, prodigioso, da sua voz. Para mim, a actualidade sempre rejuvenescida e pujante de Aquilino tem, além daquelas raízes, outras não menos decisivas: por um lado, é um escritor que não aceita as regalias confortáveis mas esterilizantes dos galões conquistados; conquista-os de cada vez que entra na liça, põe nesse repto entre o artista e a criação o mesmo ardor da primeira mensagem; cada livro seu tem o sangue tumultuoso de uma experiência nova; por outro lado, se houve escritor que apreendeu e se fundiu no que existe de veraz, de insólito, de grandioso, de terrível e comovente na gente e na terra portuguesa, se houve escritor que nos revelou tudo isso com uma expressão autêntica – foi e é Aquilino. A sua obra é o testemunho de um povo.



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