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2013-07-12

A ÚLTIMA CONFISSÃO DE EUGÊNIA CÂMARA - Lobo da Costa (pela passagem do 160º aniversário)

O padre era um tipo venerando,
Mais pálido que o mármore de Carrara;
Ela a seus pés — de uma beleza rara,
Tinha os olhos no chão — o seio arfando.

Deserto estava o templo, mas quando
A voz do sacerdote se escutara,
Abriu-se a porta da secreta ara
E um arcanjo de luz passou chorando.

— Crê em Deus, minha filha? — Eu o idolatro.
— De que se acusa? Que pecado há feito?
— Meu padre, perdoai-me... eu tenho quatro.

— Credo em cruz! — brada o velho, a mão no peito.
— Amo a glória, o prazer... amo o teatro,
E Castro Alves morreu por meu respeito.

in Obra Poética, Lobo da Costa; pesquisa, introdução, notas e glossário de Alice Campos Moreira - Edição crítica. - Porto Alegre: EDIPUCRS; IEL; FAPERGS, 1991

Francisco Lobo da Costa (n. Pelotas, Rio Grande do Sul, 12 de julho de 1853 — m. Pelotas, 19 de junho de 1888)


1 comments:








tulipa

disse...

LINDO
Obrigado pela partilha
de tão bela poesia!

FIQUEI SUPER FELIZ
nem imaginas
por teres voltado
ao meu espaço
é bom sentir
que ainda existe
"ALGUÉM" que se lembra de mim!
...
andavamos
por caminhos desencontrados
foi bom reler-te.

ontem
passei
num outro blog
e
GOSTEI da frase:
a amizade continua a ser
um produto rico em vitaminas,
sais minerais
e outras coisas tais...

Precisamente são essas vitaminas, sais minerais
e outras coisas tais
que tenho falta na minha vida!
Amigo nem imagina
como "sofro"
não sei o que faço
só atraio gente que não presta
amizades nada
é horrível
viver sem ninguém
Não pode imaginar o que isso é!

Fui fazer umas mini-férias
só que,
com todo o azar que tenho
apanhei os dias de pior
onda de calor
que há 10 anos não havia igual
...
e, passei mal,
perdi os sentidos
levaram-me p/urgências
e vim embora
tendo perdido o dinheiro
que tinha pago,
pelas noites de alojamento
enfim...
ando mesmo em maré de azar!

Eu bem pensei que
ia à procura de locais
agradáveis e frescos,
mas...naqueles dias
fazia 43º à sombra!

Fique bem, Amigo.
Um abraço.