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2006-07-30

A Canção da vida - Mário Quintana


A young girl sleeping
Pierre-Auguste Renoir


A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...
A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:
Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí...
como um salso chorando
na beira do rio...
(Como a vida é bela! como a vida é louca!)

in Esconderijos do Tempo

Mário de Miranda Quintana (n. Alegrete (RS) 30 Jul 1906; m. Porto Alegre (RS) 5 Mai 1993)
Ver : Mário Quintana por si próprio (texto auto-biográgico)
Ler outros poemas do mesmo autor:
Recordo ainda
Amoroso esquecimento
Canção de Junto do Berço


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