Benfica
2-0
Zenit
Sofrer até ao fim mas como não houve P. P.!...
O Benfica e os seus adeptos viram a extrema confiança de há três semanas atrás bastante abalada pelos últimos resultados em que cinco pontos de vantagem se converteram em três (matematicamente o equivalente a quatro) de atraso.
Porém, apesar da crise própria e do país os adeptos compareceram em apreciável número ao Estádio da Luz para apoiar a equipa tendo visto o Zenit de Spaletti apostado em levar o jogo até ao nulo final. A equipa russa com todos os homens atrás da linha da bola deu a iniciativa do jogo à equipa encarnada. O Benfica sem Aimar a organizar o jogo mostrou Gaitán na esquerda muito mais activo do que nos últimos jogos e com Bruno César na direita preferido ao ultimamente titular Nolito. A equipa do Benfica teve o domínio do jogo na primeira parte mas verdade se diga que também não criou muitas oportunidades. O jogo teve uma componente física muito apreciável mas Howard Webb deixava jogar mostrando amarelos apenas quando verdadeiramente se justificaram. Nesse aspecto Javi ficou cedo condicionado quando colocou o resultado disciplinar em 1-1 (já após o russo Anyukov o ter visto por falta sobre Gaitán logo aos 5').
Aos 15' Bruno César faz um remate em arco exigindo a intervenção de Malafeev. Aos 25' o Benfica beneficiou de um livre no lado direito do ataque e marcado rasteiro proporcionou o remate a Javi Garcia (ao jeito do denominado "livre à Camacho") mas a bola embateu na barreira de jogadores à frente da baliza.
Aos 28' Gaitán num lance disputado junto à lateral esquerda do ataque encarnado envolveu-se casualmente com Anyukov que ficou lesionado implicando uma interrupção de alguns minutos perante os protestos do público mas direcionados para o aquecimento de Bruno Alves. Anyukov voltaria, porém, ao jogo sendo substituído apenas na segunda parte aos 53'.
Houve ainda uma jogada pela zona central de Bruno César que pareceu desviado em falta mas o árbitro nada assinalou. Os russos não ofereceram perigo mas numa bola atrasada para Artur este quis mostrar primores de capacidade técnica perante a aproximação de um adversário e a jogada proporcionou um calafrio com Shirokov a rematar para a baliza mas fraco e com o guarda-redes português a recuperar. Já em tempos de desconto Witsel internou-se no interior da área pela direita e rematou para defesa apertada de Malafeev mas com a bola a sobrar de novo para o belga que de calcanhar pôs a bola mais na zona interior fora do alcance do guarda-redes russo aparecendo Maxi (marcar golos aos russos é com ele!) a dar avanço na eliminatória ao Benfica e a abrir o jogo para a segunda parte.
Na segunda parte o jogo foi tenso e exigente do ponto de vista físico, os russos abriram avançando no terreno mas sempre demonstrando muita frieza na troca de bola. O Benfica percebeu que era preciso sofrer mas conseguia também várias situações de transição ofensiva em que poderia ter resolvido a eliminatória.
Com cerca de uma hora de jogo Nolito substituiu Rodrigo, aniversariante mas que neste jogo não teve grande sucesso, alterando Jesus a formação do meio-campo com Gaitán a passar para o meio e Bruno César para a direita, jogando o recém-entrado na esquerda. Aos 68' Denisov viu o cartão amarelo por falta sobre Witsel e o treinador italiano considerou que era o "timing" de arriscar. A entrada de Fayzulin (em vez de Zyryanov) deu mais problemas a Emerson mas Jorge de Jesus respondeu com a entrada de Matic que deu consistência ao meio campo defensivo.
Na sequência de pontapés de canto Jardel concluiu por duas vezes (56' e 82') ao lado perdendo excelentes oportunidades e Cardozo (70') aproveitou um pontapé de recurso dum centro campista russo para ganhando de cabeça se isolar mas desperdiçando o golo ao rematar cruzado de mais.
Assim o jogo caminhou para o final com os benfiquistas com o coração nas mãos mas verdade se diga que Artur não teve praticamente trabalho (defendeu um remate de lonbge de Briuno Alves) sendo a jogada de mais perigo protagonizada por Fayzulin mas cruzou atrasado quando tinha dois colegas ao segundo poste.
Nelson Oliveira substituiu Cardozo e o jovem avançado português entrou muito bem partindo em duas ou três jogadas para cima da defesa adversária mas já foi em tempos desconto que conseguiu finalmenyte descansdar toda gente ao concluir com o segundo golo uma assitência de Bruno César.
O Benfica teve em Maxi Pereira um gigante mas Luisão e Jardel (a este faltou um golo) estiveram em grande nível. No meio campo Witsel demonstrou mais uma vez ser um grande jogador.
Luisão foi considerada pela Uefa o melhor jogador.
O Benfica sofreu mas (sem Pedros Proenças a arbitrar) conseguiu voltar, com todo o merecimento, aos Quartos de Final da Champions League e encaixar uns bons milhões de euros que tanta falta faz às finanças de Portugal.
Round of 16 Second leg - 06/03/2012 - 20:45CET (19:45 local time) - Estádio do Sport Lisboa e Benfica
BENFICA: Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Emerson; Javi García; Gaitán (Matic 72'), Witsel e Bruno César; Rodrigo (Nolito 62') e Cardozo (Nelson Oliveira 80').
FC ZENIT: Malafeev; Anyukov (Bruno Alves 53'), Lombaerts, Hubocan e Criscito; Shirokov, Denisov e Semak; Bystrov (Lazovic 46'), Kerzhakov e Zyryanov (Fayzulin 71')
Golos: Maxi Pereira 45+1'; Nélson Oliveira 90+1'
Disciplina:
5' Cartão amarelo para Anyukov (FC Zenit), por falta sobre Gaitán.
18' Cartão amarelo para Javi Garcia por falta sobre Bystrov
68' Cartão amarelo para Denisov (FC Zenit), por falta sobre Witsel.
90'+3 Cartão Amarelo para Nélson Oliveira (Benfica), por ter tirado a camisola durante os festejos do segundo golo
Read More...