Leonard Cohen in Pavilhão Atlântico 2009.07.30 foto by Luís F. Semana O cantautor canadiano Leonard Cohen, nascido em 21 de Setembro de 1934, teve um "warm welcome in the peaceful Lisbon". Se há cerca de um ano atrás (19 de Julho de 2008) no Passeio Marítimo de Algés deu um espectáculo memorável, segundo dizem as críticas e eu não assisti, desta vez não quiz perder a possibilidade (provavelmente irrepetível) de assistir ao vivo a um show do cantor e poeta que aprendi a gostar desde a adolescência onde a velha cassete virava e revirava os metros de fita enquanto largava os sons de Suzanne e So long Marianne...
Não sei (porque pessoalmente não tenho o termo de comparação e as críticas do espectáculo de há algumas horas ainda não deram à estampa) se este espectáculo foi melhor ou pior do que o de há um ano. Para mim fica, porém, a experiência inolvidável de ter ouvido músicos exímios e de uma envolvência que me deixou com uma sensação inefável... às vezes esfusiante, mais frequentemente melancólica.
Num pavilhão Atlântico praticamente esgotado Leonard Cohen começou com Dance me to the end of love e cantou na primeira parte, entre outras, Bird on Wire, Everybody Knows, In My Secret Life ... No fim da primeira parte já estava conquistada a simpatia do público (antes do espectáculo já estava digo eu...), mas foi a segunda parte que entusismou e empolgou o público, com sucessos como Suzanne, Hallelujah e I'm your man muito aplaudidos com este último a merecer especialmente o delírio do público feminino (If you want a lover /I'll do anything you ask me to/And if you want another kind of love/I'll wear a mask for you/If you want a partner/Take my hand/Or if you want to strike me down in anger...).
De apresentação sóbria, de chapéu, Cohen disse mais do que uma vez ser um privilégio actuar em Lisboa e... mostrou a voz de sempre.
Já depois de fazer menção de deixar o palmo surgiu So long Marianne, First We Take Manhattan, If it is Your Will (de que recitou o início em jeito de oração, deixando a interpretação para as suas "assistentes vocais"), It´s Closing Time, para terminar com I tried to leave you e Whither Thou Goest (esta com todos os elementos do grupo a cantar a cappella).
Cohen visivelmente agradado com o espectáculo e a recepção do público não deixou de proferir umas palavras finais: para nos acautelarmos lá fora com o tempo e não apanharmos nenhuma gripe e votos de «take care yourself and be kind».
Cohen! Thank you very much, I know you're kind so... please take care yourself too!
E deixo-os com Future (em Dublin. Jul 2009) que Cohen também interpretou agora em Lisboa.
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