Blog Widget by LinkWithin

2014-11-24

Inefável - Cruz e Sousa

Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.

Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas


João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, hoje Florianópolis (SC), a 24 de Novembro de 1861 e faleceu na Estação de Sítio (MG) a 19 de Março de 1898.

Ler do mesmo autor:
Antífona
Vida Obscura
Silêncios
Sorriso Interior
Violões que Choram
Ironia de Lágrimas
O Assinalado
Inefável
Sorriso Interior
Monja


0 comments: