XXXI [Longe de ti, se escuto, porventura ] - Olavo Bilac (na passagem dos 150 anos do nascimento)
Longe de ti, se escuto, porventura,
Teu nome, que uma boca indiferente
Entre outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...
Tal aquele, que, mísero, a tortura
Sofre de amargo exílio, e tristemente
A linguagem natal, maviosa e pura,
Ouve falada por estranha gente...
Porque teu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:
E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera.
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (nasceu no Rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1865 e morreu na mesma cidade a 28 de dezembro de 1918).
Neste blog pode encontrar do mesmo autor, mais os seguintes poemas:
Delírio
Vita Nuova
Por Estas Noites
Nel Mezzo del Camin
Por tanto tempo
Um beijo
Ao coração que sofre
Como Quisesse Livre Ser
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