O Cão de Pompeia - Lucian Blaga
Eu vi em Pompeia aquele cão romano. 
Assim o quiseram as Deusas da sorte:
Um molde guardado na massa da morte,
Que o não apodreça nem chuva, nem ano.
Escapara à nuvem da porta, correndo
À noite caída do monte co'o fogo.
Porém, sobre si dando volta, foi logo
Extinguir-se a rosnar e em cinza mordendo.
Mas - chumbo e cinza e nuvem - Senhor, 
Vos vejo, até mim pela porta irrompendo,
Do monte dos céus, com ar devastador.
Só escapo até à saída. E após,
A cinza do mundo, em Vós vou mordendo,
E guardo este molde p'ra sempre em Vós
Trad. de Doina Zugravescu
in Rosa do Mundo, 2001 Poemas para o Futuro, Assírio & Alvim
Lucian Blaga nasceu a 9 de maio de 1895, em Lancrăm, lângă Sebeș, comitatul Sibiu; faleceu a 6 de maio de 1961, em Cluj-Napoca, Roménia
 


 






![Validate my Atom 1.0 feed [Valid Atom 1.0]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixA6pLRJqUA5uCd8sPXDDP7QxjQkPOk7PBO4HCTh36mFnxdQ74-sZ_XMCFDZwG93UFGHxKxztBp8W7XXB4TuF02boT9tQtWcPt8-W26llV-vye5sZhzXq6EsMVAc7Fc_hmbs769Q/s400/valid-atom.png)
 
 
















0 comments:
Enviar um comentário