De profundis - José Craveirinha
Extenso dia taciturno de nuvens.
Nas ramadas passarinhos de mágoa
Lacrimejando chilros. Um braçado
Policromo de flores
Perfumado
De profundis
De coroas.
Tão duro
Assim lacónico
Nosso adeus de rosas, Maria.
José João Craveirinha (Lourenço Marques, atual Maputo, 28 de Maio de 1922 — Maputo, 6 de Fevereiro de 2003)
Ler do mesmo autor neste blog:
A Nossa Casa
Gumes de Névoa
Karingana ua Karingana
Um Homem Não Chora
Aforismo
Eu Quero Ser Tambor
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