CANÇÃO QUE O VENTO ESCUTOU - Rodrigo Emílio
Já de mim não me condôo,
‘trás do anseio sem parede
De abrir asas ao meu vôo,
De dar água à minha sede!
Os sonhos — um regimento
Sem disciplina que os dome.
Daí por que eu me alimento,
Pràticamente, de fome!
E vou no vento, no vento
Vou alado à lei de Além,
Levando no pensamento
O sustento que me sustém...
Rodrigo Emílio de Alarcão Ribeiro de Melo (Lisboa, 18 de fevereiro 1944 - 28 de março de 2004)
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