Balada do Mar de Espinho - Edgar Carneiro (no 2º. aniversário do desaparecimento do poeta)
Eram só três pescadores,
Ou seriam trinta e três.
Quem vai agora contá-los
Um a um de cada vez?
Eram poucos e sozinhos
Mas foram eles os padrinhos
Desta cidade afamada
À beira do nosso mar.
Deram-lhe o nome de Espinho,
Outro também lhe servira
Pelo traçado das ruas
Onde o vento corre livre
Sem medo de tropeçar.
Com muito engenho e sucesso
De pequenina cresceu
Até à saturação.
Tem de tudo que é progresso
Menos ódio e poluição.
Entre o mar e oa casario
As palmeiras logo acenam,
O seu fraterno sinal,
A quem de longe ou de perto
Volta sempre com prazer
Em cada quadra estival.
Cidade de oiro e lazer
Ó jóia da natureza,
A tua maior riqueza
Não vem dos jogos de azar,
Vem da força do trabalho
E dos encantos do mar!
in Mar Amar, Edição do Autor, Janeiro 1993
Edgar Carneiro nasceu em Chaves em 8 de Maio de 1913 e faleceu no Hospital de V. N. de Gaia em 15 de Janeiro de 2011.
0 comments:
Enviar um comentário