Meu amor da rua onze - Aires de Almeida Santos
Tantas juras nós trocámos,
Tantas promessas fizemos,
Tantos beijos nos roubámos
Tantos abraços nós demos.
Meu amor da Rua Onze,
Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
mais mentir.
Meu amor da Rua Onze,
Meu amor da Rua Onze,
Já não quero
mais fingir.
Era tão grande e tão belo
Nosso romance de amor
Que ainda sinto o calor
Das juras que nós trocámos.
Era tão bela, tão doce
Nossa maneira de amar
Que ainda pairam no ar
As promessas que fizemos.
Nossa maneira de amar
Era tão doida tão louca
Qu'inda me queimam a boca
Os beijos que nós roubámos.
Tanta loucura e doidice
Tinha o nosso amor desfeito
Que ainda sinto no peito
Os abraços que nós demos.
E agora
Tudo acabou
Terminou
Nosso romance
Quando te vejo passar
Com o teu andar
Senhoril,
Sinto nascer
E crescer
Uma saudade infinita
Do teu corpo gentil
de escultura
Cor de bronze,
Meu amor da Rua Onze.
Aires de Almeida Santos, nascido em 1922, no Planalto Central, no Chinguar, Bié (Angola), morreu em Benguela em 3 de setembro de 1992.
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