Na efeméride do 120º. aniversário do nascimento do poeta:
NÃO SEI SER TRISTE a valer
Nem ser alegre deveras
Acreditem: não sei ser.
Serão as almas sinceras
Assim também, sem saber?
Ah, ante a ficção da alma
E a mentira da emoção
Com que prazer me dá calma
Ver uma flor sem razão
Florir sem ter coração!
Mas enfim não há diferença.
Se a flor flore sem querer,
Sem querer a gente pensa.
O que nela é florescer
Em nós é ter consciência.
Depois, a nós como a ela,
Quando o Fado os faz passar,
Surgem as patas dos deuses
E a ambos nos vêm calcar.
'Stá bem, enquanto não vêm,
Vamos florir ou pensar.
3-4-1931
in Obra Essencial de Fernando Pessoa - Poesia do Eu , edição Richard Zenith, Assírio & Alvim
Fernando António Nogueira Pessoa (n. em Lisboa a 13 Jun. 1888 — m. em Lisboa a 30 de Nov. de 1935).
Mais poemas de Fernando Pessoa, neste blog:
Tabacaria
Liberdade
Intervalo - Bernardo Soares
O guardador de rebanhos - X (Alberto Caeiro)
O guardador de rebanhos - XXI (Alberto Caeiro)
O guardador de rebanhos - XXVIII (ALlberto Caeiro)
O Tejo é mais belo ...
Não sei se é sonho se é realidade
Odes - Ricardo Reis
Cruz na porta da tabacaria
Fragmentos do Livro do desassossego - Bernardo Soares
Afinal a melhor maneira de viajar é sentir...
Todas as cartas de amor são...
Se te queres matar ...
Dai-me rosas e lírios...
Sou vil, sou reles como toda a gente...
Não sei se é amor que tens
O que há em mim é sobretudo cansaço
Mar português
Ode marcial - h
Lycanthropy
Conselho
Para além da curva da estrada (Alberto Caeiro)
Sopra demais o vento
Poema da Canção sobre a Esperança
Soneto 1 de 35 sonetos (Poesia Inglesa) - em português
Sonnet 1 (from 35 Sonnets)
NÃO SEI SER TRISTE a valer
Nem ser alegre deveras
Acreditem: não sei ser.
Serão as almas sinceras
Assim também, sem saber?
Ah, ante a ficção da alma
E a mentira da emoção
Com que prazer me dá calma
Ver uma flor sem razão
Florir sem ter coração!
Mas enfim não há diferença.
Se a flor flore sem querer,
Sem querer a gente pensa.
O que nela é florescer
Em nós é ter consciência.
Depois, a nós como a ela,
Quando o Fado os faz passar,
Surgem as patas dos deuses
E a ambos nos vêm calcar.
'Stá bem, enquanto não vêm,
Vamos florir ou pensar.
3-4-1931
in Obra Essencial de Fernando Pessoa - Poesia do Eu , edição Richard Zenith, Assírio & Alvim
Fernando António Nogueira Pessoa (n. em Lisboa a 13 Jun. 1888 — m. em Lisboa a 30 de Nov. de 1935).
Mais poemas de Fernando Pessoa, neste blog:
Tabacaria
Liberdade
Intervalo - Bernardo Soares
O guardador de rebanhos - X (Alberto Caeiro)
O guardador de rebanhos - XXI (Alberto Caeiro)
O guardador de rebanhos - XXVIII (ALlberto Caeiro)
O Tejo é mais belo ...
Não sei se é sonho se é realidade
Odes - Ricardo Reis
Cruz na porta da tabacaria
Fragmentos do Livro do desassossego - Bernardo Soares
Afinal a melhor maneira de viajar é sentir...
Todas as cartas de amor são...
Se te queres matar ...
Dai-me rosas e lírios...
Sou vil, sou reles como toda a gente...
Não sei se é amor que tens
O que há em mim é sobretudo cansaço
Mar português
Ode marcial - h
Lycanthropy
Conselho
Para além da curva da estrada (Alberto Caeiro)
Sopra demais o vento
Poema da Canção sobre a Esperança
Soneto 1 de 35 sonetos (Poesia Inglesa) - em português
Sonnet 1 (from 35 Sonnets)
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