Ai das estradas onde a populaça
Vai e vem no incessante borborinho.
Cada qual vai seguindo o seu caminho,
Ninguém lhe nota a suavidade e a graça.
Mais vale ser o anônimo caminho
Que o olhar das multidões nunca devassa
E cujo encanto atrai quem nele passa,
E se demora quando vem, sozinho.
Eu sou a Estrada larga e petulante
De gente, onde se vê, a cada instante,
Todo um tumulto vão de estranhas faces.
Antes eu fosse uma vereda aberta
Na mata — e quase sempre erma e deserta,
Por cuja sombra — tu somente andasses.
José Joaquim de Campos da Costa MEDEIROS E ALBUQUERQUE nasceu no Recife (PE) a 4 de Setembro de 1867 e faleceu no Rio de Janeiro a 9 de Junho de 1934.
Ler do mesmo autor, neste blog:
Silêncio
Anémicas
Ilusões
Soneto decadente
1 comentário:
Poema belo!
aqui a POESIA é rainha...
eu diria que
a minha alma
também disfarça
dia após dia
noite após noite
o que vai cá dentro
e rogo ao universo
o encalço de alguma Paz
querido Fernando
amigo meu
obrigado pela tua visita
que me faz sempre
tão bem...
Sobre as minhas férias
apesar dos pesares
vale sempre a pena
pelas novas descobertas
pela lufada de ar fresco
pela fuga à minha rotina
pergunto-me: e tu, por onde andaste nas tuas férias?
bom domingo
e excelente semana
um beijinho meu
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