Guio-me
Por teus olhos abertos
Sobre a trêmula e ardente
Superfície das lágrimas.
De tantas coisas
É feito o Mundo!
Entre escombros, espigas, dias e noites
Procuram os homens ansiosamente
O ramo de louro.
Quando, fatigados,
Próximos estão do limiar, do pórtico,
Os homens deixam, à entrada,
Suas mais queridas coisas.
E ei-los que apenas se incomodam,
E se interrogam,
Sobre o modo mais simples
De se despir e adormecer.
Raul Maria Penedo de Carvalho (n. em Alvito, Baixo Alentejo, a 4 de Setembro de 1920; m. no Porto a 3 de Setembro de 1984).
Ler do mesmo autor, neste blog:
Amíude
Quando eu nasci, minha Mãe
Coração Sem Imagens;
Serenidade És Minha
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