O sonho, a crença e o amor, sendo a risonha
Santíssima Trindade da Ventura
Pode ser venturosa a criatura
Que não crê, que não ama e que não sonha?!
Pois a alma acostumada a ser tristonha
Pode achar por acaso ou porventura
Felicidade numa sepultura,
Contentamento numa dor medonha?!
Há muito tempo, o sonho, do meu seio
Partiu num célere arrebatamento
De minha crença arrebentando a grade
Pois se eu não amo e se também não creio
De onde me vem este contentamento,
De onde me vem esta felicidade?!
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (n. no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884; m. em Leopoldina em 12 de Nov. de 1914.
Ler do mesmo autor:
O Fim das Coisas
Debaixo do Tamarindo
Psicologia de um Vencido
Budismo Moderno
A Minha Estrela
Budismo Moderno
Ao Luar
A Ideia
Tempos Idos
Versos Intimos
Soneto (canta teu riso...)
Contrastes
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