Minha aldeia, voltei! Avé-Marias…
Teu crepúsculo de oiro até parece
Que me canta e me embala e me adormece,
A florir a amargura dos meus dias…
Como a urze das tuas serranias,
Poeta aqui nasci, sem que o soubesse,
E aqui, -visão de estrelas e de prece,-
Vi meu primeiro amor, quando me vias!
Minha aldeia, voltei! –Anoiteceu…
Sobre o meu coração como um ninho,
Estendes a asa de oiro do teu céu…
E ele dorme e sorri, -o abandonado!-
Como dorme e sorri um passarinho,
Sob a asa da mãe agasalhado.
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Sombra,
Soneto e
Quadras Soltas
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