Quem bateu? Ouviste?
Tão de manso..., tão...
-Meu Amor, é gente?
meu Amor, ou não?
-Se será o Anjo,
para anunciar?...
-Fosse a noite calma,
fosse o vento brando,
viria...viria...
Mas assim, Amor?
Oh! a alma frágil
nesta ventania?
-Meu Amor, vais ver?
-Meu Amor, pois vou...
-Que perfume é este?
Esta luz que entrou,
esta paz que veio
p'lo postigo dentro?
-Meu Amor, não vez?!...
-Meu Amor, não sentes?!...
Sebastião Artur Cardoso da Gama (n. em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, a 10 de Abril de 1924; m. em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1952
Do mesmo autor ler neste blog:
Crepuscular
Nasci para ser ignorante
Pequeno Poema
O Sonho
Madrigal
Poema da Minha Esperança
Meu País Desgraçado
Largo do Espírito Santo, 2 - 2º
Poesia Depois da Chuva
Meu País Desgraçado
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