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2012-04-10

Anunciação - Sebastião da Gama

Quem bateu? Ouviste?
Tão de manso..., tão...
-Meu Amor, é gente?
meu Amor, ou não?

-Se será o Anjo,
para anunciar?...
-Fosse a noite calma,
fosse o vento brando,

viria...viria...
Mas assim, Amor?
Oh! a alma frágil
nesta ventania?

-Meu Amor, vais ver?
-Meu Amor, pois vou...
-Que perfume é este?
Esta luz que entrou,

esta paz que veio
p'lo postigo dentro?
-Meu Amor, não vez?!...
-Meu Amor, não sentes?!...

in 366 Poemas que falam de amor, uma antologia organizada por Vasco da Graça Moura, Quetzal Editores

Sebastião Artur Cardoso da Gama (n. em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, a 10 de Abril de 1924; m. em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1952

Do mesmo autor ler neste blog:
Crepuscular
Nasci para ser ignorante
Pequeno Poema
O Sonho
Madrigal
Poema da Minha Esperança
Meu País Desgraçado
Largo do Espírito Santo, 2 - 2º
Poesia Depois da Chuva
Meu País Desgraçado

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