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2011-12-16

Por estas noites frias e brumosas - Olavo Bilac

Amantes Imagem daqui

Por estas noites frias e brumosas
É que melhor se pode amar, querida!
Nem uma estrela pálida, perdida
Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas

Mas um perfume cálido de rosas
Corre a face da terra adormecida ...
E a névoa cresce, e, em grupos repartida,
Enche os ares de sombras vaporosas:

Sombras errantes, corpos nus, ardentes
Carnes lascivas ... um rumor vibrante
De atritos longos e de beijos quentes ...

E os céus se estendem, palpitando, cheios
Da tépida brancura fulgurante
De um turbilhão de braços e de seios.

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (nasceu no Rio de Janeiro a 16 de Dezembro de 1865 e morreu na mesma cidade a 28 de Dezembro de 1918).

Neste blog pode encontrar do mesmo autor, mais os seguintes poemas:
Vita Nuova
Por Estas Noites

Nel Mezzo del Camin
Por tanto tempo
Delírio
Um beijo
Ao coração que sofre
Como Quisesse Livre Ser

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