Márcia! Márcia! ai de mim! está chegado
O momento cruel, que eu mais temia;
Sinistro mocho, que a meu lado pia,
Há longo tempo o tinha anunciado!
Já deixei o surrão, e o meu cajado
Quebrei a doce flauta, em que tangia,
E o rafeiro fiel, que me seguia,
Definhou; definhou também meu gado.
Tudo acabou; e a negra desventura
Quer que os laços de amor a ausência corte;
Que eu deixe, ó Márcia, a tua formosura.
Céus! que Fado cruel! que imiga sorte
Eu desespero, eu morro ... Ó Parca dura,
Já que Márcia perdi, vem dar-me a morte.
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À Sombra Deste Cedro Venerando;
Os teus olhos gentis encantadores...
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