Ela não sabe a luz suave e pura
Que derrama numa alma acostumada
A não ver nunca a luz da madrugada
Vir raiando senão com amargura!
Não sabe a avidez com que a procura
Ver esta vista, de chorar cansada,
A ela... única nuvem prateada,
Única estrela desta noite escura!
E mil anos que leve a Providencia
A dar-me este degredo por cumprido,
Por acabada já tão longa ausência,
Ainda nesse instante apetecido
Será meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu ultimo gemido
Que derrama numa alma acostumada
A não ver nunca a luz da madrugada
Vir raiando senão com amargura!
Não sabe a avidez com que a procura
Ver esta vista, de chorar cansada,
A ela... única nuvem prateada,
Única estrela desta noite escura!
E mil anos que leve a Providencia
A dar-me este degredo por cumprido,
Por acabada já tão longa ausência,
Ainda nesse instante apetecido
Será meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu ultimo gemido
in Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, Porto Editora
João de Deus de Nogueira Ramos, nasceu em 8 de Março de 1830 em São Bartolomeu de Messines, Silves e faleceu em Lisboa em 11 de Janeiro de 1896.
Ler do mesmo autor no Nothingandall:
Amor
Adeus
De Dia a Estrela de Alva Empalidece
A Cigarra e a Formiga
A Vida
Agora Miséria...
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