Quando o Amor funde as almas num olhar
que é pranto, em seu mistério -, o que se sente!
Treme o Universo em nós, divinamente!
- Numa lágrima cabe o seu luar!
Não tem fundo o abismo desse mar,
e não há céu mais alto e amanhecente!
O Passado e o Futuro -, eis o Presente
de que é feito esse instante singular!
Quem já amou com esse olhar profundo,
cujo fulgor transcende a Vida e o Mundo,
(sarça-ardente e divino amanhecer!),
- Quem já assim amou, esse, em verdade,
viveu Deus, o Infinito, a Eternidade,
- tudo o que foi, e é, e há-de ser!
in Os dias do Amor, um poema para cada dia do ano, recolha, selecção e organização de Inês Ramos; prefácio de Henrique Manuel Bento Fialho; Ministério dos Livros.
Bernardo Rodrigues de Passos (nasceu em São Brás de Alportel (Algarve) a 29 de Outubro de 1876 e morreu em Faro a 1 de Junho de 1930)
Ler do mesmo autor:
Sombra, Soneto e Quadras Soltas
que é pranto, em seu mistério -, o que se sente!
Treme o Universo em nós, divinamente!
- Numa lágrima cabe o seu luar!
Não tem fundo o abismo desse mar,
e não há céu mais alto e amanhecente!
O Passado e o Futuro -, eis o Presente
de que é feito esse instante singular!
Quem já amou com esse olhar profundo,
cujo fulgor transcende a Vida e o Mundo,
(sarça-ardente e divino amanhecer!),
- Quem já assim amou, esse, em verdade,
viveu Deus, o Infinito, a Eternidade,
- tudo o que foi, e é, e há-de ser!
in Os dias do Amor, um poema para cada dia do ano, recolha, selecção e organização de Inês Ramos; prefácio de Henrique Manuel Bento Fialho; Ministério dos Livros.
Bernardo Rodrigues de Passos (nasceu em São Brás de Alportel (Algarve) a 29 de Outubro de 1876 e morreu em Faro a 1 de Junho de 1930)
Ler do mesmo autor:
Sombra, Soneto e Quadras Soltas
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