1-1
Sporting
Missão impossível esteve quase
O Sporting com um resultado negativo em Alvalade, dado o valor atribuído aos golos fora (2-2) deslocou-se a Florença num enquadramento deesfavorável face à onda de lesões que avassalou a linha média e ofensiva e ao clima de desconfiança dos adeptos quanto à capacidade real da equipa.
Dada a importância (também mediática) do jogo sabíamos que os jogadores iriam dar uma boa resposta em termos de atitude, faltava saber a competência técnica, tactica e física da equipa. A verdade é que esta equipa italiana sendo forte não tem um comportamento de «papão» e pelos dois jogos ficou a ideia de uma equipa de «serviços mínimos»: joga para o resultado e não se importa de em fases de jogo não ser a equipa que está por cima. Na antevisão do jogo, com amigos, falámos precisamente nisto e que o Sporting teria algumas possibilidades perante esta «filosofia» de jogo da equipa transalpina se o empate perdurasse até perto do final.
Na verdade, o Sporting fez uma excelente primeira parte criando duas situações de perigo: jogada a proporcionar a Yannick com espaço e tempo na zona frontal um remate que poderia ser de golo mas foi executado deficientemente e um livre perigoso de Matias Hernandez à entrada da área (após fugida de Yannick travada em falta) com o guarda-redes a fazer uma excelente defesa. Por outro lado os locais só ameaçaream num livre que foi convertido contra a barreira. Pois noutro livre (até um pouco mais longe) João Moutinho executou com perfeição e pôs a equipa de Lisboa em vantagem na eliminatória aos 34'. Percebeu-se logo que o jogo iria mudar e esta mudança foi mais nítida ainda no início da segunda parte com a equipa da Fiorentina à procura do golo que surgiu sem necessidade de muita busca. Aos 53' os italianos empatavam com um grande golo de um jovem da Macedónia com 19 anos, Jovetic: recebeu de um cruzamento da direita do ataque uma bola ainda desviada pela defesa leonina dominou mudou de pé (frente a Pedro Silva) e facturou violento de pé direito entre este e outro defesa que se aprestava para fazer a dobra, fazendo a bola entrar junto ao poste mais perto.
Percebeu-se que a situação não era bem a mesma do início do jogo apesar do Sporting até estar mais perto do objectivo com 1-1 do que com 0-0. As opções de banco de Paulo Bento eram limitadas e na parte final até se socorreu de Tonel para avançado tirando Pedro Silva (aguerrido ainda que nem sempre bem sucedido e já com um aamarelo). Mas enquanto há vida há esperança e na verdade os italianos recuaram no terreno nos últimos minutos e expuseram-se a que um «milagre» do tipo «holandês» pudesse ocorrer. Porém, o cenário era outro estava-se em Itália... e o calculismo e eficácia destes (quase) sempre se sobrepõe aos «lusos» interesses.
De qualquer modo é um jogo que mostra (tal como o da primeira mão) que o Sporting pode constituir uma boa equipa competitiva e que não é correcta uma apreciação de 8 ou 80 como é típico dos portugueses.
Enfim, foram-se os milhões da Champions que bem falta faziam ao clube (e ao país...) mas o Sporting vai fazer companhia ao Benfica na fase de grupos da Taça Europa.
Ao contrário do jogo de Lisboa reputamos como bastante boa a arbitragem do árbitro inglês.
Sob arbitragem do inglês Howard Webb, as equipas alinham:
FIORENTINA: Frey; Comotto, Dainelli, Gamberini e Gobbi (Jovetic, intervalo); Montolivo, Cristiano Zanetti (Donadel, 80), Marchionni, Vargas e Mutu (Jorgensen, 71); Gilardino
Suplentes: Avramov, Kroldrup, Donadel, Jovetic, Jorgensen, Pasqual e Santana
Treinador: Cesare Prandelli
SPORTING: Rui Patrício; Pedro Silva (Tonel, 80), Daniel Carriço, Polga e André Marques; Miguel Veloso, Pereirinha, João Moutinho e Matias Fernandez (Saleiro, 61); Yannick e Liedson
Suplentes: Tiago, Caneira, Tonel, Adrien Silva, Abel, Rochemback e Carlos Saleiro
Treinador: Paulo Bento
Golos: 0-1 por João Moutinho (34); 1-1 por Jovetic (53)
Disciplina: cartão amarelo a Comotto (32), Pedro Silva (49), Zanetti (61), André Marques (69)
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