Ei-los que vão-se ao mal de onde vieram,
Os males da minh'alma envelhecida:
E a lembrar tantos risos que os trouxeram,
Eu choro docemente esta partida...
Prantos lavam o sangue que verteram,
Na atroz delícia que já vai perdida,
E enche-me de saudades que ainda esperam
A saudade que um monge tem da vida...
No olhar que além dos olhos adormece
Erguem-se mortas, puras como lírios
E formosas e tristes como luas...
E tristemente um véu de nuvens desce
Sobre um casto clarão de exaustos círios,
Que estas virgens que voltam, voltam nuas...
Tristão da Cunha, pseudónimo de José Maria Leitão da Cunha Fº., nascido no Rio de Janeiro em 13 de março de 1878, m. a 29 de junho de 1942).
Ler do mesmo autor no Nothingandall:
Virgem Primitiva
Aniversário
Itervm
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