Baloiço - imagem daqui
Na minha quinta, em pequeno,
Tive um inquieto baloiço
Que ainda o vejo sereno
E nele os meus gritos oiço.
Longas horas baloiçava
Meu frágil corpo menino.
E ora subia ou baixava
Num constante desatino.
Nesse baloiço, à distância,
Chama por mim minha infância
E eu chamo p'lo que passou.
E sem haver quem me oiça
O baloiço me baloiça
Entre o que fui e o que sou.
Alfredo Pedro de Meneses Guisado (nasceu a 30 de outubro de 1891 em Lisboa, onde faleceu a 2 de dezembro de 1975).
Ler do mesmo autor:
Apagou-se por fim o incerto lume
Recordar
Outrora
Um Poema de "Elogio da Desconhecida"
As Exéquias da Princesa II A Princesa a Seus Lábios Durante a Morte
Sem comentários:
Enviar um comentário