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2014-10-15

Ansiedade - Manuel da Fonseca

Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos.

Que o meu canto seja
no meio do temporal
uma chicotada de vento
que estremeça as estrelas
desfaça mitos
e rasgue nevoeiros — escancarando sóis!


in "Poemas Dispersos"

Manuel Lopes Fonseca (n. em Santiago do Cacém a 15 de outubro de 1911; m. em Lisboa a 11 de março de 1993)

Ler do mesmo autor:
Antes que Seja Tarde
Moite de Sonhos Voada
Poema da Menina Tonta
Tejo que levas as águas
Depois vinha o luar...
Estradas
Segundo dos Poemas de Infância
Ruas da Cidade
Os olhos do poeta
Romance do terceiro oficial de finanças

1 comentário:

O Puma disse...

Pelo sonho é que vamos

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