Atirávamos pedras
à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
in Vulcão, Lisboa, Quetzal, 1994
Luís Miguel de Oliveira Perry Nava (nasceu em Viseu, 29 de setembro de 1957 — m. Bruxelas, 10 de maio de 1995)
As ondas que se encontram
Os Pratos da Balança
O Último Reduto
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