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2014-09-03

Isso até me agrada. Que me deitem fora - Raul de Carvalho, na passagem dos trinta anos sobre o seu desaparecimento

Isso até me agrada. Que me deitem fora
Que me deixem livre de compromissos afectivos.
Ficar ligeiro por dentro; ser como casca só. 
Não tropeçar nos detritos humanos
Que me cercam, 
Não ter altivez nenhuma nisso. 
Ser simplesmente um andante.
Ter o caminho livre.


Raul Maria Penedo de Carvalho (n. em Alvito, Baixo Alentejo, a 4 de setembro de 1920; m. no Porto a 3 de setembro de 1984).

Ler do mesmo autor, neste blog:
Mesa da Solidão
Guio-me
Amíude
Quando eu nasci, minha Mãe
Coração Sem Imagens;
Serenidade És Minha

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