Caiu agora uma folha
De uma olaia da Avenida!
Ela tomba e ninguém olha
A morte daquela vida.
No entanto, mesmo caindo
Com suavíssima leveza,
É qualquer coisa de findo
À face da natureza.
Tua vida, a minha vida,
A nossa vida, afinal,
É aquela folha caída,
Num dia de vendaval.
De uma olaia da Avenida!
Ela tomba e ninguém olha
A morte daquela vida.
No entanto, mesmo caindo
Com suavíssima leveza,
É qualquer coisa de findo
À face da natureza.
Tua vida, a minha vida,
A nossa vida, afinal,
É aquela folha caída,
Num dia de vendaval.
Extraído de Obra Poética de Alfredo Brochado, Edição de José Carlos Seabra Pereira, Lello Editores
Alfredo Monteiro Brochado (n. em Amarante a 3 de Fevereiro de 1897 e suicidou-se em Lisboa a 16 de Maio de 1949).
Ler do mesmo autor neste blog:
Misticismo
Miniaturas
Desvio
Na Atitude Saudosa de Quem Chora
Súplica
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Silêncio
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