Todas as horas, todos os minutos,
São para mim a véspera da partida.
Preparo-me para a morte, como quem
Se prepara para a vida.
Em qualquer parte eu disse que a Beleza
Não nasce só mas acpmpanhada.
Não são palavras minhas as que eu digo.
À minha boca pertence aos que me amam.
Mudos e sós
À nossa volta todos os amantes
Sentir-se-ão tranquilos.
Um coração puro
É como o Sol:
Brilha todos os dias.
in Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, Porto Editora
Raul Maria Penedo de Carvalho (n. em Alvito, Baixo Alentejo, a 4 de Setembro de 1920; m. no Porto a 3 de Setembro de 1984).
Ler do mesmo autor, neste blog:
Guio-me
Amíude
Quando eu nasci, minha Mãe
Coração Sem Imagens;
Serenidade És Minha
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