Se no seio da pátria carinhosa,
Onde sempre é fagueira a sorte dura,
Inda lembras, e lembras com ternura,
Os meigos dias da união ditosa ;
Se entre os doces encantos de que goza
Teu peito divinal, tua alma pura
Suspiras por um triste e sem ventura,
Que vive em solidão cruel, penosa;
Se lamentas com mágoa a minha sorte,
Recebe estes meus ais, oh minha amante,
Talvez núncios fiéis da minha morte.
E se mais nós não virmos, e eu distante
Sofrer da parca dura o férreo corte:
Amou-me, dize então, morreu constante.
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Nárcia! Márcia! ai de mim!
À Sombra Deste Cedro Venerando;
Os teus olhos gentis encantadores...
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