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2012-01-19

Surdo, Subterrâneo Rio - Eugénio de Andrade

Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.

Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?

Eugénio de Andrade (nasceu em Póvoa de Atalaia a 19 Jan. 1923; m. no Porto a 13 Jun. 2005)

Do mesmo autor ler neste blog:
Canção
Hoje deitei-me ao lado da minha solidão
To A Green God
Urgentemente - Eugénio de Andrade
Adeus
Poems in English
Pequena elegia de Setembro
Às vezes tu dizias ...
Poema XVIII
Os amantes sem dinheiro
As amoras
Post Scriptum

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