Vês esse Sol de luzes coroado?
Em pérolas a Aurora convertida?
Vês a Lua de estrelas guarnecida?
Vês o Céu de Planetas adorado?
O Céu deixemos; vês naquele prado
A Rosa com razão desvanecida?
A Açucena por alva presumida?
O Cravo por galã lisonjeado?
Deixa o prado; vem cá, minha adorada,
Vês de esse mar a esfera cristalina
Em sucessivo aljôfar desatada?
Parece aos olhos ser de prata fina?
Vês tudo isto bem? Pois tudo é nada
À vista do teu rosto, Caterina.
Estas datas são muito controversas e variam consoante as fontes. Seguiu-se a de José Miguel Wisnik, em Poesias selecionadas, Gregório de Mattos. Edição de José Miguel Wisnik. São Paulo: Cultrix, 1976
Ler do mesmo autor, neste blog: Contente, alegre, ufano passarinho; Soneto Lírico
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