Conheço um rio sem destino,
confluência de mágoas e de sonhos,
onde os barcos navegam para o sul.
Perto do meu corpo nada é interdito,
a não ser um súbito verão
prolongado nas franjas da memória.
Amanhece na espessura dos desejos,
como se a madrugada descrevesse
a violência, em rotação azul,
ou crescessem papoilas nos olhos de quem ama.
Graça Pires (n. Figueira da Foz, 22 de Novembro de 1946)
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