Ouço Amália a cantar Ary
«Tudo raso de ausência, tudo liso de espanto»,
com música de Oulman
e desse compositor mor - a Natureza -
com a percussão ritmada da chuva
e som de cordas do vento,
a acrescentar mais beleza.
Leio Torga e bebo um gole
dum quente néctar alentejano:
sabor a amoras e frutos vermelhos,
com leves tons de alcatrão
- diz a prova - é muito bom!
Grande invento feito de uva…
Na mesa uma fatia de bolo
…E o Benfica marca um golo!
O que é preciso mais para a felicidade?
(Que mania de fazer sempre tantas coisas juntas
E, mais ainda, de dormir tenho vontade...)
Nunca temos o momento perfeito se pensamos
E se não pensamos não gravamos o momento
Triste filosofia e lamento
É meu fado… ou será da idade?
Há sempre alguma coisa a mais ou que falta
E no meu coração mora a saudade
A triste ausência do teu olhar…
«E a saudade é tão grande»
Fernando Semana nasceu em Valbom, concelho de Gondomar a 12 de Outubro de 1957
Amor, morte, poesia, política, actualidade, futebol, efemérides, solidão, paz, humor, musica...tudo e nada; Here we talk about life, love, death,
On this day in History, poetry, politics, football (soccer), solitude, peace, humour, music ... nothing and all.
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3 comentários:
Sim senhor, produção própria.
Abraço,
Rui
Olá Dr. Fernando Semana
Sei que a esta hora está a ver o Benfica. Tenho visitado o seu blog de que muito gosto mas só hoje resolvi deixar o meu comentário neste poema em particular.
Que bom que é sermos assim. Muitas coisas para fazer ao mesmo tempo, muitos começos, muitos meios e poucos finais. Um dia daremos um final ao que começamos e de imediato começaremos novamente. Um abraço da Rosa Margarida
Muito obrigado pela visita e comentário. É bom ter "muitos começos" que se desenvolvam enquanto nos sintamos bem durante os "meios", na esperança que se consiga finalizar alguma coisa (que valha a pena); tudo de modo a contornar o inexorável fim. Votos de uma semana cheia de sorrisos, flores e ...poesia.
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