Benfica
3-1
FC Twente
Resultado lisonjeiro para a equipa de Co Adriaanse depois de uma avalanche de futebol ofensivo
3-1
FC Twente
Resultado lisonjeiro para a equipa de Co Adriaanse depois de uma avalanche de futebol ofensivo
Um jogo de muita importância financeira e desportiva capaz de pôr em causa o futuro desta época ou de a colocar nos trilhos do sucesso. O jogo de Twente e o resultado dava favoritismo à equipa portuguesa mas os holandeses também mostraram que eram uma equipa perigosíssima.
E esta noite o que se viu? Um Benfica de grande categoria técnica, táctica e de futebol ofensivo. Uma grande exibição - a melhor da temporada - ao ponto de tornar estes holandeses uma equipa banal ou de segunda escolha.
Domínio do Benfica em praticamente toda a primeira parte com as estatísticas todas desequilibradas a favor da equipa portuguesa menos em golos. Com efeito, mais de uma dezena de remates e nenhum bem sucedido. "Passes" ao guarda-redes (Javi Garcia, Gaitán), falta de definição na finalização (Wiksel um toque a mais na bola quando se impunha o remate de pronto depois de se enfiar no meio de dois defensores), defesas do guara-redes (um remate rasteiro perigoso de Cardozo já nos minutos finais da primeira parte) e remates tortos em duas das maiores oportunidades (Aimar e Gaitán em remates cruzados da direita para a esquerda).
Ao intervalo dava para os adeptos mais pessimistas se preocuparem: se estes holandeses ainda não fizeram nada (de registo apenas um remate de Ruiz de fora da área em volley - ao jeito de Gaitán - a sair ao lado do segundo poste) quando fizerem alguma coisa marcam um golo e ficam por cima da eliminatória.
Mas tal filme trágico não podia acontecer face a estes intérpretes e ao guião imposto pelo Benfica. Logo nos primeiros segundos da segunda parte Cardozo ganha uma falta na intermediária ofensiva e do livre resultou o primeiro golo encarnado. Bola cruzada para a área, Cardozo a motivar as preocupações da defesa holandesa (foi bem agarrado, em lance que em jogos do FCP dava penlty), mas a bola foi para a cabeça de Luisão que a levanta por cima da linha extrema defensiva do Twente para Witsel de costas para a baliza (em posição legal porque se desmarcara no "timing" certo) fazer o golo com um pontapé de bicicleta!
Se se temia que os holandeses guardavam algumas reservas para discussão da eliminatória este golo afundou-os definitivamente. O Benfica continuou a forçar e o segundo golo não surgiu logo porque uma defesa a punhos do defesa central a desviar um remate de fora da área não foi punida como devia pelo árbitro alemão com o penalty competente (e amarelo para o defesa). Nos minutos seguintes o Benfica praticamente jogava dentro da área holandesa. Cardozo falha uma vez, faz outra jogada e isola-se e com a saída do guarda-redes (e com várias opções para assistir para um golo inevitável) "preferiu" rematar contra o corpo do guarda-redes. De um pontapé de canto marcado por Aimar da esquerda, Luisão ao primeiro poste cabeceia com sucesso fazendo o 2-0 e descansar mais os adeptos encarnados. Nem todos, um dizia que os holandeses tinham de marcar dois golos e continuavam a ter que marcar os dois golos (agora para empatar a eliminatória).
Dois? Não, não a partir dos 66' já tinham de ser três. É que numa jogada de contra-ataque (até então praticamente o Benfica jogou em ataque continuado e a equipa holandesa sempre a defender) e já após Co Adriaanse ter feito duas substituições, Cardoso isolou Witsel pelo centro e este rápido soube finalizar com precisão (a bola ainda a tabelar na parte interior do poste da baliza e a caminhar para o fundo da baliza), aumentando a vantagem da equipa portuguesa.
Só com 3-0 é que os holandeses ameaçaram verdadeiramente pela primeira vez a baliza de Artur que fez uma defesa fantástica aos 72' impedindo um golo de cabeça de Ruiz. Nos minutos seguintes foi a vez de Jesus fazer duas substituições com as saídas de Nolito - desta vez não marcou - e de Gaitán, para as entradas de Bruno César e Matic. Maxi Pereira foi amarelado por falta (escusada) no meio-campo e fica impedido de participar no primeiro jogo da fase de grupos.
Nesta altura o Benfica desacelerou mas Aimar ainda teve oportunidade de fazer brilhar Mihailov ao defender para canto um remate da estrela benfiquista que ameaçava o 4-0 (78').
Foi pelo lado esquerdo do ataque que o Twente, por Ola John (que veio dar outro dinamismo ofensivo), aproveitou a "ausência" do lateral direito e a "preguiça" de Luisão, que se deslocara do centro para a direita no sentido de realizar a "dobra" mas que se deixou ficar a considerável distância permitindo o cruzamento, que Ruiz finalizou desta vez de modo a tornar impossível a defesa a Artur.
Com 3-1 aos 85' o entusiasmo na Luz baixou um tanto, foi a vez de o Twente ainda pensar que podia fazer o segundo golo mas o jogo caminhou para o fim - só houve dois minutos de descontos - com um triunfo inequívoco e de números até insuficientes na expressão tamanha foi a superioridade do Benfica.
Grandes exibições de Aimar - está emn grande forma e desta vez até fez os noventa minutos de jogo - e de Witsel: vai ser um grande jogador no mundo do futebol, sem qualquer dúvida. Cardozo esteve mais aplicado e até combativo hoje fez um passe de ruptura excepcional no lance do terceiro golo, mas esteve perdulário e faltou melhor definição em alguns lances. Luisão, não fosse o espaço que concedeu no cruzamento do golo (ainda que originalmente não fosse a área dele) estaria perfeito com intervenção decisiva em dois golos. Emerson esteve bem e incorporou-se principalmente na segunda parte em muitos lances ofensivos. Artur já se disse fez uma defesa fantástica em dia de pouco trabalho. Enfim dia feliz para o mundo benfiquista que deixa muitas esperanças sobre o potencial deste Benfica...
Amanhã fica-se a conhecer os adversários da fase de grupos... e sete milhões de euros já cá cantam! A composição do lotes é a seguinte
Lista das equipas:
Pote 1: Manchester United, Barcelona, Chelsea, Bayern, Arsenal, Real Madrid, FC Porto e Inter
Pote 2: Milan, O. Lyon, Shakhtar, Valência, Benfica, Villarreal, CSKA e Marselha
Pote 3: Zenit, Ajax, B. Leverkusen, Olympiacos, Manchester City, Lille, Basileia e BATE Borisov
Pote 4: B. Dortmund, Nápoles, Dinamo Zagreb, APOEL, Trabzonspor, Genk, Viktoria Plzen e Otelul Galati
Ficha do Jogo:
24/08/2011 Estádio da Luz, em Lisboa, 2ª. Mão do Play-Off
Árbitro: Felix Brych (ALE) Auxiliares: Thorsten Schiffner e Mark Borsch
4º árbitro: Gunter Perl
Benfica: Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay e Emerson; Javi Garcia, Axel Witsel, Gaitán (Bruno César 74'), Nolito (Matic 74'), Pablo Aimar e Óscar Cardozo (Saviola 84')
Twente: Nikolay Mihaylov, Cornelisse, Douglas, Wisgerhof e Dwight Tiendalli; Luuk de Jong, Brama (Landzaat 76'), Janssen (Bajrami 61'); Bryan Ruiz, Janko e Berghuis (Ola John 61')
Golos: 1 - 0 aos 46'Axel Witsel, 2-0 aos 60' Luisão; 3-0 Axel Witsel aos 66'; 3-1 por Bryan Ruiz aos 85'
Disciplina: Cartão amarelo a Douglas 15'
Cartão amarelo para Maxi Pereira aos 76'
E esta noite o que se viu? Um Benfica de grande categoria técnica, táctica e de futebol ofensivo. Uma grande exibição - a melhor da temporada - ao ponto de tornar estes holandeses uma equipa banal ou de segunda escolha.
Domínio do Benfica em praticamente toda a primeira parte com as estatísticas todas desequilibradas a favor da equipa portuguesa menos em golos. Com efeito, mais de uma dezena de remates e nenhum bem sucedido. "Passes" ao guarda-redes (Javi Garcia, Gaitán), falta de definição na finalização (Wiksel um toque a mais na bola quando se impunha o remate de pronto depois de se enfiar no meio de dois defensores), defesas do guara-redes (um remate rasteiro perigoso de Cardozo já nos minutos finais da primeira parte) e remates tortos em duas das maiores oportunidades (Aimar e Gaitán em remates cruzados da direita para a esquerda).
Ao intervalo dava para os adeptos mais pessimistas se preocuparem: se estes holandeses ainda não fizeram nada (de registo apenas um remate de Ruiz de fora da área em volley - ao jeito de Gaitán - a sair ao lado do segundo poste) quando fizerem alguma coisa marcam um golo e ficam por cima da eliminatória.
Mas tal filme trágico não podia acontecer face a estes intérpretes e ao guião imposto pelo Benfica. Logo nos primeiros segundos da segunda parte Cardozo ganha uma falta na intermediária ofensiva e do livre resultou o primeiro golo encarnado. Bola cruzada para a área, Cardozo a motivar as preocupações da defesa holandesa (foi bem agarrado, em lance que em jogos do FCP dava penlty), mas a bola foi para a cabeça de Luisão que a levanta por cima da linha extrema defensiva do Twente para Witsel de costas para a baliza (em posição legal porque se desmarcara no "timing" certo) fazer o golo com um pontapé de bicicleta!
Se se temia que os holandeses guardavam algumas reservas para discussão da eliminatória este golo afundou-os definitivamente. O Benfica continuou a forçar e o segundo golo não surgiu logo porque uma defesa a punhos do defesa central a desviar um remate de fora da área não foi punida como devia pelo árbitro alemão com o penalty competente (e amarelo para o defesa). Nos minutos seguintes o Benfica praticamente jogava dentro da área holandesa. Cardozo falha uma vez, faz outra jogada e isola-se e com a saída do guarda-redes (e com várias opções para assistir para um golo inevitável) "preferiu" rematar contra o corpo do guarda-redes. De um pontapé de canto marcado por Aimar da esquerda, Luisão ao primeiro poste cabeceia com sucesso fazendo o 2-0 e descansar mais os adeptos encarnados. Nem todos, um dizia que os holandeses tinham de marcar dois golos e continuavam a ter que marcar os dois golos (agora para empatar a eliminatória).
Dois? Não, não a partir dos 66' já tinham de ser três. É que numa jogada de contra-ataque (até então praticamente o Benfica jogou em ataque continuado e a equipa holandesa sempre a defender) e já após Co Adriaanse ter feito duas substituições, Cardoso isolou Witsel pelo centro e este rápido soube finalizar com precisão (a bola ainda a tabelar na parte interior do poste da baliza e a caminhar para o fundo da baliza), aumentando a vantagem da equipa portuguesa.
Só com 3-0 é que os holandeses ameaçaram verdadeiramente pela primeira vez a baliza de Artur que fez uma defesa fantástica aos 72' impedindo um golo de cabeça de Ruiz. Nos minutos seguintes foi a vez de Jesus fazer duas substituições com as saídas de Nolito - desta vez não marcou - e de Gaitán, para as entradas de Bruno César e Matic. Maxi Pereira foi amarelado por falta (escusada) no meio-campo e fica impedido de participar no primeiro jogo da fase de grupos.
Nesta altura o Benfica desacelerou mas Aimar ainda teve oportunidade de fazer brilhar Mihailov ao defender para canto um remate da estrela benfiquista que ameaçava o 4-0 (78').
Foi pelo lado esquerdo do ataque que o Twente, por Ola John (que veio dar outro dinamismo ofensivo), aproveitou a "ausência" do lateral direito e a "preguiça" de Luisão, que se deslocara do centro para a direita no sentido de realizar a "dobra" mas que se deixou ficar a considerável distância permitindo o cruzamento, que Ruiz finalizou desta vez de modo a tornar impossível a defesa a Artur.
Com 3-1 aos 85' o entusiasmo na Luz baixou um tanto, foi a vez de o Twente ainda pensar que podia fazer o segundo golo mas o jogo caminhou para o fim - só houve dois minutos de descontos - com um triunfo inequívoco e de números até insuficientes na expressão tamanha foi a superioridade do Benfica.
Grandes exibições de Aimar - está emn grande forma e desta vez até fez os noventa minutos de jogo - e de Witsel: vai ser um grande jogador no mundo do futebol, sem qualquer dúvida. Cardozo esteve mais aplicado e até combativo hoje fez um passe de ruptura excepcional no lance do terceiro golo, mas esteve perdulário e faltou melhor definição em alguns lances. Luisão, não fosse o espaço que concedeu no cruzamento do golo (ainda que originalmente não fosse a área dele) estaria perfeito com intervenção decisiva em dois golos. Emerson esteve bem e incorporou-se principalmente na segunda parte em muitos lances ofensivos. Artur já se disse fez uma defesa fantástica em dia de pouco trabalho. Enfim dia feliz para o mundo benfiquista que deixa muitas esperanças sobre o potencial deste Benfica...
Amanhã fica-se a conhecer os adversários da fase de grupos... e sete milhões de euros já cá cantam! A composição do lotes é a seguinte
Lista das equipas:
Pote 1: Manchester United, Barcelona, Chelsea, Bayern, Arsenal, Real Madrid, FC Porto e Inter
Pote 2: Milan, O. Lyon, Shakhtar, Valência, Benfica, Villarreal, CSKA e Marselha
Pote 3: Zenit, Ajax, B. Leverkusen, Olympiacos, Manchester City, Lille, Basileia e BATE Borisov
Pote 4: B. Dortmund, Nápoles, Dinamo Zagreb, APOEL, Trabzonspor, Genk, Viktoria Plzen e Otelul Galati
Ficha do Jogo:
24/08/2011 Estádio da Luz, em Lisboa, 2ª. Mão do Play-Off
Árbitro: Felix Brych (ALE) Auxiliares: Thorsten Schiffner e Mark Borsch
4º árbitro: Gunter Perl
Benfica: Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Ezequiel Garay e Emerson; Javi Garcia, Axel Witsel, Gaitán (Bruno César 74'), Nolito (Matic 74'), Pablo Aimar e Óscar Cardozo (Saviola 84')
Twente: Nikolay Mihaylov, Cornelisse, Douglas, Wisgerhof e Dwight Tiendalli; Luuk de Jong, Brama (Landzaat 76'), Janssen (Bajrami 61'); Bryan Ruiz, Janko e Berghuis (Ola John 61')
Golos: 1 - 0 aos 46'Axel Witsel, 2-0 aos 60' Luisão; 3-0 Axel Witsel aos 66'; 3-1 por Bryan Ruiz aos 85'
Disciplina: Cartão amarelo a Douglas 15'
Cartão amarelo para Maxi Pereira aos 76'
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