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2011-07-20

Benfica vence tangencialmente o Toulouse na apresentação da equipa 2011/2012 aos sócios


BENFICA

1-0

TOULOUSE


Muitas indefinições e... vitória quase no fim

A uma semana de distância da estreia a sério em provas oficiais da época 2011/2012 o Benfica apresentou-se aos sócios no Estádio da Luz para jogar contra o 9º classificado da última época do Campeonato francês.

Cerca de 35 mil espectadores num ambiente razoável de afecto para ver um jogo que não deu para entusiasmar nem para esmorecer. Ainda com jogadores que vão ser dispensados a jogarem no onze que iniciou o jogo (e alguns mais nas mesmas circunstâncias a entrarem na segunda parte) o jogo deu para perceber a falta de entrosamento da equipa e a existência de mais vastas opções no plantel encarnado. Falta saber se Jesus (que costuma rodar pouco a equipa) terá capacidade de gestão das expectativas dos jogadores do plantel quando se verificar que jogam pouco tempo... Espero que não aconteça como na época passada que quando foram precisas alternativas a jogadores titulares que se lesionaram os jogadores que entravam estavam "enferrujados"...

A primeira parte teve períodos de muita confusão no meio campo, pouca linearidade e fluência de jogo, mas bons apontamentos de Nolito na esquerda que se tem revelado nesta pré-época como um jogador em destaque. Na ausência ainda de vários jogadores da defesa - ainda que Garay tivesse entrado na 2ª. parte e Emerson a titular na lateral esquerda defensiva - Jesus continuou na aposta de Javi Garcia a central em parceria com Fábio Faria, Abel Almeida jogou na direita. Matic (tem sido o novo jogador adquirido com mais minutos nesta pré-época parecendo aposta séria para titular) a médio defensivo tendo Urreta, Nolito (à esquerda), Bruno César (à direita) como companheiros de sector, Aimar mais avançado e Cardozo. Artur foi o guarda-redes titular, com Eduardo (vindo emprestado do Génova também já presente) a assegurar a defesa da baliza na segunda-parte.

Para além dos apontamentos de Nolito a obrigar o guarda-redes francês Ahamada a apolicar-se por duas vezes a maior oportunidade do Benfica resultou dum centro de António Almeida que Aimar desviou com um toque em jeito, de porimneira, que saiu ligeiramente poor cima. Os fgrancceses tiveram a sua melhor ocasião após uma jogada individuial pela direita do seu jogador norueguês Braaten que finalizou com um cruzamento remate que Artur defendeu com uma palmada, mal, para a frente e Tabanou desperdiçou ma recarga, escorregando acabou por atirar por cima da baliza.

Na segunda parte entraram de início sete novos jogadores no Benfica (só André Almeida, Javi, Emerson e Matic se mantiveram). Com o meio-campo e ataque todo reformulado Gaitán colocou mais velocidade em algumas jogadas individuais mas quem se destacou mais foi Enzo Perez que mostroiu ser um jogador de elevada capacidade técnica. Fez uma assistência perfeita para Saviola exigir mais uma defesa a Ahamada e o Benfica superiorizou-se mais nesta segunda parte à equipa francesa que praticamente não saiu do meio-campo, mantendo postura defensiva predominante.

Em jogadas de bola parada o Benfica ameaçou marcar - Garay atiraria ao poste de cabeça após marcação de pontapé de canto da direita - e perto do final de um livre enviado para área Saviola desviou para o centro da baliza onde de um ressalto surgiu o golo do triunfo encarnado por Jardel (que entrara aos 68' substituindo André Almeida).

Foi um triunfo justo do Benfica porque teve maior domínio do jogo, mas perto dos oitenta minutos do jogo desfrutaram de duas oportunidades flagrantes para marcar: uma após perda de Emerson que foi ultrapassado e hesitou na falta com o remate final de Pentecôte a sair escandalosamente ao lado da baliza após assistência que parecia fatal do português Paulo Machado.

Subsistem, assim, muitas dúvidas quanto à suficiência deste Benfica para ultrapassar o Trabzonbspor na pré-eliminatória da Champions League (segundo classificado com os mesmos pontos do campeão na época passada na Turquia) principalmente porque o Benfica continua com experiências e ainda está longe de definir um onze base. Luisão deve chegar mais cedo - o Brasil já foi eliminado - mas Maxi ainda está em prova e provavelmente até vai à final... Capdevilla ainda não foi apresentado... Será que Javi a central vai ser para durar ou irá retomar a posição de "trinco"? Nesse caso como vai ser a coabitação com Matic? Ou este sai? Cardozo /Saviola parece o duo de ataque que dá mais garantias, mas nesta pré-época nunca estiveram os dois em campo simultaneamente...

No meio-campo nas pontas jogam Gaitán e Jara (os da época passada) ou Nolito e/ou Enzo Perez têm uma palavra a dizer? Bruno César- supostamente o jogador teria melhor curriculum - nos cinco jogos que vimos (este, os dois do Torneio do Guadiana, Servette e Dijon) esteve escondido ou pouco convincente.

Enfim ... muito "matéria-prima" mas a função de produção ainda não está definida e por isso qual será a qualidade do produto?

Na próxima semana vamos começar a saber, mas esta pré-eliminatória é bem perigosa...

BENFICA: Artur Moraes (Eduardo int.), André Almeida (Jardel 68'), Fábio Faria (Garay ao int.), Emerson; Matic (Nuno Coelho 68'), Bruno César (Gaitán ao int.), Nolito (Enzo Perez ao int.), Aimar (Witsel ao int.), Javi García, Urreta (Saviola ao int.), Cardozo (Jara ao int.; Mora aos 80').

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