- Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes...
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro.
Extraído de «Poemas Completos, Mário Sá-Carneiro, edição Fernando Cabral Martins, Assírio & Alvim
Mário de Sá-Carneiro (n. Lisboa, 19 de Maio de 1890; m. em Paris, 26 de Abril de 1916 - suicídio).
Ler do mesmo autor neste blog:
A Queda
Último Soneto
IX - Como eu não possuo
A Inegualável
Escavação
Ápice
Além-Tédio
Quasi
Dispersão
I lost myself within myself... (tradução parcial do poema Dispersão)
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