Em quanto os rios para o mar correrem,
Em quanto o claro Céu tiver Estrelas
E o formoso campo de flores belas,
E por vós meus olhos se perderem;
Em quanto desse rosto me encenderem
Essas coradas rosas por colhê-las;
Em quanto meus sentidos, só em vê-las,
Com brando suspirar enternecerem;
Em quanto vossa rara formosura
Amostrar o que pode a natureza
E descobrir meu mal vossa alma dura;
Em quanto me matar vossa crueza,
E a vida me der vossa figura,
Sempre, senhora, guardarei firmeza.
in 366 poemas que falam de amor, uma antologia organizada por Vasco da Graça Moura, Quetzal Editores
Duarte Dias
1 comentário:
Lindo soneto, querido amigo! O mar, céu e estrelas sempre nos ditam palavras amorosas e nos fazem sonhar...
Boa semana! Beijos
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