Desejo, como quem sente fome ou sede,
um caminho de areia margeado de boninas,
onde só cabem a bicicleta e seu dono.
Desejo, como uma funda saudade
de homem ficado órfão pequenino,
um regaço e o acalanto, a amorosa tenaz de uns dedos
para um forte carinho em minha nuca.
Brotam os matinhos depois da chuva,
brotam os desejos do corpo.
Na alma, o querer de um mundo tão pequeno,
como o que tem nas mãos o Menino Jesus de Praga.
Adélia Luzia Prado Freitas (nasceu em Divinópolis, Minas Gerais em 13 de dezembro de 1935).
Ler da mesma autoria :
Poema Começado do Fim
O Pelicano
1 comentário:
lindo poema!
obrigada pela visita no meu blog..
abraços.
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