Cinco sentidos são os cinco dedos
Com que o homem tacteia a escuridão,
Rodeado de sombras e segredos
De que busca, e não acha, a solução.
Mas decerto haverá mundos mais ledos
Onde outros seres, de maior visão,
Rompendo brumas, dissipando medos,
A treva finalmente vencerão.
E sendo sete as cores, e outros tantos
Os sons da escala, mas com mil matizes
Que prolongam seu eco e seus encantos,
Talvez nos seja um dia transmitido,
Por esses mundos fortes e felizes,
Um novo sexto e sétimo sentido!
Alberto de Oliveira (nasceu no Porto a 16 de Novembro de 1873 e faleceu a 23 de abril de 1940, em S. Mamede de Infesta)
Ler do mesmo autor, neste blog:
O Missal do Poente
O Penedo da Meditação
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